quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Tem gente insistindo no "ato inseguro"

Nas análises de acidentes, não é difícil encontrarmos a famosa frase "ato inseguro", promovendo a culpa do trabalhador acidentado. Será que - simplesmente - culpar a vítima é um caminho que levará à solução dos problemas?


Esta página tem que ser virada!

A concepção de ato inseguro, ou seja, julgar culpado o próprio trabalhador vitimado pelo acidente de trabalho, ou qualquer outro tema que leve ao mesmo entendimento, é uma prática não muito sensata de considerável parte das empresas e, na maioria das vezes, por conta do não reconhecimento da realidade do seu próprio ambiente de trabalho, dos seus riscos, ou da sua máquina perigosa.

A maioria dos acidentes ou doenças do trabalho é causada por um conjunto de fatores que, somados, acabam prejudicando o trabalhador, como, por exemplo, a falta de treinamento, treinamento inadequado, máquina sem proteção, equipamentos ou ferramentas inadequadas, ambientes com barulho excessivo, trabalhos sob calor excessivo, riscos ergonômicos, riscos químicos, riscos em eletricidade, as famosas gambiarras de modo geral e inúmeros outros riscos de acidentes, que precisaríamos de muito espaço para relacionar.

Portanto, generalizar e dizer que, o trabalhador é o único culpado é coisa do passado. Temos de atuar com transparência, analisar com coerência os fatos e discutir alternativas para se evitar que os mesmos fatos se repitam.

Por meio de uma portaria, o próprio Ministério do Trabalho e Emprego retirou da NR 1 o termo “ato inseguro”, reforçando desta forma, o entendimento dos trabalhadores e de grande parte da sociedade compromissada.

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